quinta-feira, 24 de junho de 2010

Uma descoberta!

Vinha hoje dirigindo, na rádio Nora Jones cantando Chasing Pirates lembrei-me de uma cena. Chorei. Eduardo no altar sendo batizado e recebendo a benção. No rosto, um sorriso puro, que sugere a magnitude dessa idade. Camila também se emocionou.
Passando pela praia de Camburi, pensava no dia de amanhã. Ficará noiva. E é de alguém que comprou briga com a doença e consegue amá-la pelo simples fato de se-la. Chorei de novo.
Parada no sinal, do lado o Boulevard da Praia, senti um contentamento ao refletir naqueles especiais que ao me ver dizem “Boa Tarde Tia Fernanda”. Chorei mais uma vez.
Virando a curva para entrar na Avenida Marechal Campos, pensei como gosto de voltar pra casa depois de um dia fatigante de trabalho. Sorri.
Entrando no Bairro de Lourdes não via hora de chegar e comer o pão quentinho trazido pelo meu pai. Sorri alegremente.
Ao chegar à rua me deparei com minha casa e ao ver a luz do quarto dela acesa, não me contive. Ri demoradamente.
Subi as escadas num só galope e no último degrau ao abrir a porta um sentimento tomou conta de mim e definitivamente percebi que a busca incessante pela tal felicidade tinha se acabado. Entendi que essa tal felicidade antes de morar ali, aqui ou acolá precisa morar dentro de mim. Agora, ela tem residência fixa.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O caminho...




Tentei fugir de algo que sempre busquei, caminhei apostando achar a cópia fiel. Os pés foram ficando feridos e a moça infeliz. Foi possível perceber que conseguia viver só, mas, faltava algo. Faltava o coração.
Perambulei durante um tempo, sem rumo, sem dono. Fui tão distante, fui ao extremo e quando pensei em renunciar lembrei-me que deixei pegadas possíveis de retornar. E foi isso que fiz. Aí, aqueles pés moribundos, agonizantes, se renderam. E voltei! Mesmo cansados foi possível um reencontro.
Decidi não mais lutar contra o seguro, contra o protegido, contra o verdadeiro. De fato não foi fácil voltar, mas de fato foi fácil aceitar. Foi fácil entender, foi fácil dividir e foi fácil querer.
No caminho de ida vi o novo. Foi saboroso. Mas passageiro. E logo enjoei. Pois o novo era só novo. Não tinha a magia do antigo, do conhecido. Era só aquilo, depois de desvendar queria voltar para casa, para o ninho, para o aconchego, para aquilo que sempre foi real.
No caminho de volta vi minha história e como fui feliz! Vi o quão é forte, por suportar meus altos e baixos, por nunca desistir de mim, de nós. Por entender minhas perdas, minhas dores e me dá o colo que tanto necessito. Tive vontade de viver tudo de novo, sem medo de pertencer, sem medo de ser de alguém, sem medo de ser, sem medo.
Voltei por mim, voltei por nós.