segunda-feira, 3 de maio de 2010

Na hora do sufoco...


Restam poucos!
Seria um desabafo ou uma reflexão?
Durante meus trinta anos, passei por dois grandes momentos de tristeza. E digo com solidez que em ambas as ocasiões o apoio recebido são daqueles que ficarão para posteridade.
Não esqueço o compromisso comigo e a força recebida quando pensei em desistir, não me esqueço da palavra amiga e do ombro oferecido quando achei que era o fim. Não me esqueço da preocupação quando as noites mal dormidas me faziam fraquejar. E não me esqueço do abraço apertado me dizendo “tudo vai passar”.
Penso nas orações e de como essa energia emanada foi sentida em nossos corações. Penso na demonstração de carinho e no colinho recebido quando as lágrimas rolavam sem explicação.
Penso nos olhares de afeto e compreensão, penso na fé divulgada em benefício da recuperação.
Mas penso também naqueles que mesmo distante não deixaram de pensar em nenhum instante. E penso naqueles que mesmo perto, perderam a oportunidade de estar cada vez mais perto.
E de tudo se tira uma lição! Fica estabelecido um paradoxo então! O que eu pensava ser verdade era ilusão... Mas sinto multiplicar o clamor pela cura e desse feito surgiu um novo efeito! São os novos laços infindáveis de amizade e ternura que ficarão para eternidade.

5 comentários:

  1. Pois então, os sentimentos são exatamente os mesmos, já que vivemos os mesmos dramas. O que muda é apenas a maneira de estravasar e agir, mas quanto as sensações...Tive descobertas incríveis e aprendi, de fato, a valorizar as verdadeiras amizades; lamento apenas não ter o desprendimento de amar e não esperar retribuição. Esse é um defeito e uma limitação grave, difícil de admitir, mas que faz parte da nossa essência. Tive também algumas decepções, que espero depois de cicatrizadas as dores, superar sem mágoa alguma.Utilizo este espaço para agradecer ao enorme carinho, preocupação e dedicação de muitos: pelos telefonemas, visitas, orações. Como todas essas coisas nos enchem de energia e dão legítimo sentido a vida. Nunca senti tanta felicidade nas coisas simples do dia-a-dia como receber um abraço e a responder um "oi, tudo bem". Pra tantos isso parece pouco, mas digo que pra mim passou a ser muito. Ai o remorço vem a tona, quantas vezes deixei de fazer isso pelo outro??? Relacionamento, isto é o que fazemos e buscamos todo tempo; as vezes erramos no desenvolvimento deles, mas, quem não erra. É uma sensação indescritível saber que pessoas se importam, pensam e anseiam pela minha cura, com o foco de entregar e confiar na vontade daquele que é soberano: nosso DEUS. E jamais esquecerei uma coisa que ouvi: "Camila, eu senti DESEJO de orar por você". Fiquei surpresa mais uma vez e foi uma lição de humanidade, pois na minha infinita pequenez só havia sentido algo parecido, por aqueles que são muito próximos, de sangue - família. Gostaria de citar nomes, mas como temo esquecer de alguém prefiro então deixar abraços, beijos gigantescos e minha eterna e sincera gratidão, que não consigo mensurar e acho que nem expressar de forma adequada, pelo meu pai, mãe (meu eterno anjinho), irmã, namorido, familiares, primas que são mais que amigas, amigos de infância, faculdade, trabalho e irmãos da IBS. Amo todos vocês!!!

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  2. Camila, assim como você, me sinto muitas vezes envergonhada em pensar quantas pessoas precisavam da de uma visita ou de uma oração que deixei de fazer. Temos que agradecer as oportunidades que Deus nos dá para crescer no entendimento de que somos abençoados para podermos abençoar a outras vidas.
    Beijos e Bom dia!

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  3. Ei Fernanda, tudo bem?
    Apenas para reforçar a admiração pela sua bela atitude, e por perceber o quanto ela tem rendido frutos, como a comunicação entre vcs e essa moça do comentário anterior que divide a mesma situação que sua irmã. É um exemplo de vida todo o seu esforço, amor e dedicação por essa causa que vc abraça como se fosse igualmente sua. Que bom poder observar que vcs estão recebendo tanta energia positiva vinda das mais diversas formas. Eu, por aqui, envio mais um pouco. Um bjo e boa noite.

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  4. Ei Fernanda, fui caloura da sua irmã na Farmácia. Ela não deve lembrar de mim , afinal faz muito tempo, eu já tenho 2 anos de formada.Fiquei sabendo da história de Camila pelos colegas de sala dela que são meus amigos e hoje me passaram o endereço do blog. Desejo para Camila muita paz, paciência e saúde! Com certeza tudo vai acabar bem! Não só para ela mas para toda familia, muita força!

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  5. Obrigada Fernanda pelas palavras. É o que nós mais queremos, que tudo dê certo, aliás está dando. Não poderia estar melhor. Assim, olharemos para traz e lembraremos de tudo isso como um grande aprendizado, pq no futuro, toda dor e todo medo já terão ido embora. Pela misericórida de Deus, podemos superar tudo nessa vida. Um grande abraço.

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